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Juventude e alcoól, uma química que não combina.

Quem tem o hábito de frenquentar os mesmos Points que os jovens  e adolescentes, ou circula pelos arredores de escolas e universidades da cidade de São Paulo, principalmente as quintas e sextas feiras, pode perceber a gravidade da situação. O número de Jovens, meninos e meninas, ingerindo os mais variados tipos de bebidas alcoólicas, transbordam dos bares e invadem as calçadas, praças e ruas, impedindo o trânsito de automóveis  e pedestres.  Este tipo de comportamento, encarado como uma  das muitas transgreções, típicas da adolescência, não tem recebido a devida atenção por parte da família e da sociedade e vem assumindo contornos de calamidade. Pesquisas realizadas (revista veja, pag.  ed.)  constatam que o consumo exagerado de alcóol causa danos cerebrais irreversíveis, provocando déficits na memória, dificuldade no auto controle, falta de motivação, e ainda propícia ao usuário o perigo de se tornar um alcoólatra.  O alcóol é uma droga liberada, tolerada pela sociedade e as vezes incentivada pelos próprios pais.  Embora exista  a proibição  da venda á menores, na maioria dos estabelecimentos as leis não são respeitadas.

As propagandas de bebidas alcólicas foram proibidas no Brasil, pois influenciavam o uso de uma droga silenciosa e liberada.

É  comum encontrar adolescentes, pegando carona com jovens maiores e burlando a lei, utilizando documentos adulterados para a compra e uso do alcoól.  No Brasil a iniciação ao uso do alcoól se dá cada vez mais cedo: aos doze anos. Enquanto que nos anos noventa ocorria aos catorze anos, o que torna a situação ainda mais sombria, pois além de causar danos neurológicos, o uso do alcool expõe os jovens a distúrbios de comportamento causando riscos mais imediatos, como: envolvimento em acidantes de trânsito, violência sexual, sexo sem proteção e brigas.

O hábito de beber também pode deixar o jovem mais vulnerável á outros tipos de drogas, pois ao ingerí-lo ele perde a capacidade de raciocínio,  ficando impossibilitado de medir a consequência de seus atos.  É dever dos pais, da escola e da sociedade  alertar esses jovens sobre os perigos que estão correndo, a fim de evitar danos maiores no futuro, uma vez que a maioria deles,  podem ignorar as implicações, pessoais e sociais que possam vir a sofrer devido ao uso inadequado de  qualquer tipo de bebidas alcoólicas.

Conhecer o problema é a maior forma de prevenção

Clique na foto e conheça mais sobre o assunto:

A organização mundial da saúde considera o alcoolismo uma doença de caráter triplo, pois afeta a mente, o físico e o social.  Membros experientes participantes do programa de Alcoólicos Anonimos (AA) afirmam que o Alcoolismo pode levar a insanidade ou até a morte. A doença não tem cura, mas pode ser detida por total abtinência do acool.  Muitas pessoas acham que alcóolico é aquele indivíduo que está jogado nas calçadas, porém, nos lares brasileiros existem milhares de pessoas que sofrem por causa da ingestão excessiva de alcóol. Um dos sintomas da doença é a compulsão pela bebida. É considerado alcoolico o indivíduo que quando bebe causa algum problema  para si ou para as pessoas com quem se relaciona. Ele sabe que não pode beber, mas não consegue deixar de fazê-lo, pois ao ingerir o primeiro gole sempre acaba embriagado. porém Existem muitos tratamentos para o alcoolismo e o primeiro passo para a cura é o forte desejo  parar de beber.

Um doente alcóolico pode afetar muitas pessoas, principalmente aquelas que convivem diretamente com ele. Essas pessoas passam se preocupar com a maneira de beber da outra e tentam protegê-la e controlá-la. Não conseguindo acabam se sentindo frustradas , culpadas e fracassadas.

AL_ANON é uma associação de parentes e amigos de Alcóolicos que se reunem para discutir os problemas que têm em comum. Não é ligado a nenhuma ceita ou religião, seu único propósito é proporcionar alívio para aqueles que sofrem devido a maneira de beber  de alguém.


 

Que mulher nunca teve…

Que mulher NUNCA teve….

Um sutiã meio furado,Um primo meio tarado,Ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca tomou? Um fora de querer sumir, Um porre de cair, ou lexotan para dormir?

Que mulher nunca sonhou? Com a sogra morta,estendida, Em ser muito feliz na vida, ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou? Em dar fim numa panela, Jogar os filhos pela janela, ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou? Para que ter a perna depilada, aturar uma empregada, ou para trabalhar menstruada?

Que mulher nunca comeu? Uma caixa de Bis, por ansiedade, alface, no almoço, por vaidade ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou ? O pé no sapato para caber, A barriga para emagrecer, ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou? Que não estava ao telefone, Que não pensa em silicone Que “dele” não lembra nem o nome?”

o caso Isabella

Quando a notícia se transforma em novela Artigo analisa comportamento da mídia no caso Isabella Por Francisco Bicudo Em frente ao prédio, o já famoso edifício London, localizado na zona norte de São Paulo, mais de cem jornalistas – a maioria fotógrafos e cinegrafistas – se acotovelavam e disputavam espaço em busca da melhor cena, da imagem exclusiva. Transmitida ao vivo por emissoras de sinal aberto e por canais a cabo, a reconstituição do assassinato da menina Isabella Nardoni ocupou mais uma vez espaço significativo nos telejornais e nos programas de entretenimento do domingo, 27 de abril, e foi o destaque principal de todos eles. Acompanhamos mais um capítulo da já longa novela midiática em que se transformou a tragédia. Sem entrar na discussão sobre culpados, já que a polícia ainda encaminhando o inquérito ao Ministério Público, que deverá se pronunciar sobre abertura de um processo, até que o julgamento possa acontecer, não há como negar que o crime é estarrecedor, assusta, provoca comoção e indignação. Há um acontecimento de interesse público que merece as atenções do jornalismo. O debate se justifica. Não por acaso, pesquisa feita pelo Instituto Sensus e divulgada pelo portal Terra indicava que 98,2% das duas mil pessoas entrevistadas pelo levantamento estavam acompanhando o caso por meio dos veículos de comunicação. O que não se aceita, no entanto, é que a lógica racional da informação seja substituída pela exacerbação dos instintos e das emoções, patrocinada pelo show e pelo espetáculo. Infelizmente esse tem sido o tom dominante da cobertura, principalmente no que diz respeito às televisões (o que não significa dizer que rádios, sites e veículos impressos não tenham escorregado em algum momento nessa perspectiva). Em grande medida, é esse discurso midiático mais sintonizado com o entretenimento e com a ficção quem ajuda a consolidar na sociedade o desejo de vingança e de fazer justiça com as próprias mãos. Em pleno século XXI, voltamos a considerar normal e aceitável a tentativa de apedrejamento em praça pública como forma de punição. Eis alguns dos riscos inerentes à narrativa espetacularizada – a perda de referências e de limites e a histeria coletiva. “As autoridades, de fato, armaram o espetáculo e alguns setores da mídia, sobretudo certos telejornais, entraram em cheio no crime do ano. A repetição exaustiva das cenas garantiu, certamente, uma bela audiência. Não sei se garantirá credibilidade”, escreveu Carlos Alberto di Franco, professor de Ética e doutor pela Universidade de Navarra, na Espanha, em artigo publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Vale lembrar que o jornalismo é legítimo filho das revoluções burguesas do século XVIII e nasceu para promover o esclarecimento e a democratização dos saberes, até então represados pelos diques autoritários construídos pelo poder da Igreja durante a Idade Média e pelos reis, no Estado Moderno Absolutista. Busca, a partir da racionalidade, garantir o direito à informação. Trabalha com fatos e com a idéia da verdade – mas não pretende ser a sua máxima e exata representação. Pelo contrário, narrativas jornalísticas, socialmente construídas, significam versões possíveis – e o dever ético de todo jornalista é procurar construir a melhor versão possível da realidade, de forma honesta e plural. Já o entretenimento apela para a diversão, a curiosidade, o efêmero, a distração, disposto a nos proporcionar momentos de descanso, de lazer. Em essência, lida com nossas emoções e sentimentos. Sem recorrer a maniqueísmos, é óbvio que há entretenimento inteligente e eticamente produzido. Todos gostamos de assistir a um bom musical, a um filme de ficção, a um jogo de futebol. Seria insuportável se as sociedades fossem abastecidas apenas e tão somente, 24 horas por dia, por noticiários, sem outras opções narrativas ou comunicacionais. Estabelecidos os limites e espaços de atuação, jornalismo e entretenimento, com suas distintas naturezas e propósitos, podem conviver em harmonia. Os problemas começam a se manifestar justamente quando essas fronteiras são rompidas – e o entretenimento tenta se aproveitar da credibilidade do jornalismo para construir suas leituras ficcionais de mundo. O cenário torna-se ainda mais grave quando o entretenimento transforma-se em espetáculo e, em busca de audiências e de consumidores, do lucro imediato, as corporações midiáticas desprezam parâmetros éticos, responsabilidades sociais e a idéia da cidadania, namorando agora com consumo, o grotesco e o bizarro. Some-se a esse cenário já preocupante o fato de a televisão ter assumido o papel de uma espécie de oráculo contemporâneo. Somos, como lembra o jornalista Eugênio Bucci, uma geração autorizada a acreditar apenas naquilo que nossos olhos vêem. Trata-se da reificação da imagem, absorvida de forma muito mais rápida e menos reflexiva do que as palavras e os sons, que nos obrigam a executar complexos exercícios mentais, na tentativa de organizar sentidos e significados e de sistematizar construções lógicas e argumentos. Sob o domínio da imagem, mais do que pensar, agimos automaticamente, tal qual robôs, movidos por impulsos e emoções. No caso específico da menina Isabella, confundimos justiça com vingança. Antes do Poder Judiciário, a mídia já estabeleceu a sentença: o pai e a madrasta são os culpados. A capa da revista Veja que chegou às bancas em 20 de abril não deixava dúvidas ou margem para discussão: “FORAM ELES”, escrevia, em letras garrafais, com uma foto sombria do semblante dos dois suspeitos. E a população vocifera, grita e invade as ruas para substituir as instâncias competentes no momento de fazer cumprir a pena. Perde-se a noção de civilização, de Estado de Direito. “É muito perigoso confundir informação com espetáculo. (…) A notícia se transforma num show co-produzido por repórteres, delegados e promotores. Corre-se o risco de condenar inocentes, destruir patrimônios morais e, a médio e a longo prazos, comprometer gravemente a própria credibilidade da informação. O esforço para conquistar audiências, legítimo e necessário, não pode ser feito de costas para a ética”, continua Di Franco, no mesmo artigo. Em entrevista ao portal Terra, o antropólogo Roberto Albergaria, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), diz que está em curso uma novela midiática à espera de um desfecho. Para ele, há nessa história um lado doentio, alimentado pela própria mídia. “O caso junta todas as determinações: o classismo, o racialismo, o infantilismo. E sobretudo o ‘comunicacionismo’, uma das coisas mais doentias que existe hoje, e que significa você explorar algumas misérias, seletivamente, como forma de emocionar as multidões. A  novela vale mais do que os fatos e tira do debate público temas mais relevantes”, afirma. Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, José Gregori, presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos de São Paulo, reforça esse raciocínio. “A violência inominável contra uma criança serve como desculpa para a montagem de um show em capítulos. (…) Banaliza-se uma tragédia. A dor não propicia um momento de reflexão, ou a tentativa de entender em profundidade o problema de uma sociedade exponencialmente violenta, mas sim provoca uma ensurdecedora gritaria e um escândalo vulgar”, escreve. Certamente alguém dirá que os veículos jornalísticos agem dessa maneira porque a população assim o deseja – “dá ibope, a audiência é alta, só estamos oferecendo aquilo que as pessoas querem ver”. Faz sentido, mas o argumento representa uma meia-verdade – e ainda assim extremamente perigosa. Talvez faça parte de heranças e registros ancestrais a atração que muitas vezes sentimos pelo mórbido, pela tragédia. A questão que deve ser colocada é: como instrumento que dialoga com a cidadania e a opinião pública, o jornalismo deve reforçar essa tendência ou, pelo contrário, precisa tensioná-la, oferecendo caminhos que nos chamem de volta à reflexão e à racionalidade? É preciso também levar em consideração a falta de opções: quem porventura deseja escapar do noticiário sobre o caso Isabella e resolve mudar de canal, encontra qual destaque em outra emissora ou telejornal? Provavelmente as mesmas notícias. Aqueles que por esgotamento ou mesmo por falta de interesse ousam dizer que não estão acompanhando os capítulos da tragédia são imediatamente rotulados como anormais e insensíveis, sendo colocados de escanteio em discussões travadas em ambientes familiares, profissionais, nas mesas de bares, nas salas de aula de escolas e universidades. Pertencem a outro mundo, não fazem parte dessa sociedade. São vistos como párias. Finalmente, a repetição exaustiva das informações parece criar um círculo vicioso que se auto-alimenta, uma espécie de dependência. Se eu não estiver sintonizado nas últimas novidades sobre o caso, a sensação é de incômodo, como se algo estivesse faltando. É melhor continuar ligado, prestando atenção a cada chamada, aguardando mais uma entrada ao vivo. O problema é que a avalanche de informações não vem acompanhada pela possibilidade de compreensão. Pode parecer um paradoxo, mas é assim mesmo: quanto mais nos informamos, menos sabemos. Graças à velocidade, aos fragmentos narrativos descontextualizados, não temos nem tempo para absorver, decantar e processar os fatos. “Tenha as tintas que tiver o esclarecimento, ouvintes, telespectadores e leitores querem uma explicação. A mídia, como sempre, limita-se a pouco mais do que fazer ressoar as trombetas da polícia e dos acusadores. O público e a mídia não podem julgar, condenar ou absolver. Não têm este direito. E aquele direito que ouvintes, telespectadores, internautas e leitores têm, este não está sendo atendido: o de ser informado e entender o que se passou. E sabemos por quê: estão faltando boas reportagens, aquelas que só podem ser feitas com muitas pesquisas e investigações”, analisa Deonísio da Silva, da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro, em artigo publicado pelo site do Observatório da Imprensa. A mensagem é clara: menos quantidade, mais qualidade, responsabilidade, serenidade e profundidade. Chega de acelerar. É hora de colocar o pé no freio, de recusar o espetáculo e de reafirmar a necessidade do direito à informação.

Minha História

Nasci em 1963, na cidade de São Paulo. Meus pais eram analfabetos, migrantes do nordeste, em busca de melhores condições de vida. Até completar sete anos, levava uma vida feliz. Corria pelos campos existentes aos arredores da casa e brincava de pular corda, pique esconde, roda e amarelinha, com meus irmãos e amigos. Não tinha ainda consciência da triste condição de meus pais que viviam na extrema pobreza, pois apesar de meu pai trabalhar muito, ganhava apenas um salário minimo, insuficiente para cobrir os gastos de uma família tão numerosa. Foi quando entrei na escola que comecei a perceber as diferenças sociais e sofrer as suas consequências. Não tinha uniformes, sapatos, nem meteriais bonitos como a maioria das crianças da sala. Mesmo assim adorava estudar. Tirava sempre boas notas e raramente faltava ás aulas. Uma das coisas que me chateava na escola era ter que mentir para a professora que cobrava a presença de minha mãe nas reuniões da escola. Dizia que ela era muito ocupada nos cuidados da casa e com meus irmãos, mas na verdade sabia que ela não comparecia porque sentia vergonha de dizer que não sabia escrever ,quando era convidada a assinar a lista depresença. muitas vezes sentei-me a seu lado para tentar ensiná-la a escrever o nome, mas ela dizia que já era velha e burra demais para aprender. Na terceira série, passei com a maior nota da classe e ganhei como prêmio da professora um livro que contava a história de um menino que vivia em uma terra em que as crianças nunca cresciam. Apesar de achar a história bonita, de ter sido o meu primeiro livro, aquele que despertou em mim o gosto que sinto até hoje pela leitura. Pensava cá com meus botões, que não gostaria de viver naquela terra. Ao contrário de Peter, tinha pressa em crescer. Sonhava em me tornar professora, e ajudar muitas pessoas a ler e escrever, para que não ficasse pobres como meu pai, nem “burra” como se dizia minha mãe. Anos mais tarde, com a morte de um irmão, que não recebera os cuidados necessários a tempo, para ser curado de uma simples desidratação, pude perceber que a gravidade do analfabetismo ia mais além do simples fato de saber ou não escrever o próprio nome. Mesmo orientada e alertada por um farmacêutico, sobre a gravidade da doença, minha mãe, insegura que era, por não conhecer a cidade grande, e nem sequer conseguir tomar um ônibus que a levasse até o hospital mais próximo, resolveu rezar e esperar por meu pai, que quando o socorreu já era tarde demais. Superado o trauma da perda, continuávamos a vida. Eu prosseguia com os estudos e agora, já era uma adolescente, e continuava sonhando com o magistério. Porém as circunstâncias da vida me levaram á outro rumo. Aos treze anos me apaixonei, e como o namoro foi proibido por meu pai, fugi de casa, casei-me, e tive três filhos. Os cuidados com a família passaram a ser minha única ocupação. Não encontrava mais tempo nem sequer para ler um livro. Ás vezes em conversa com meu esposo falava do meu sonho de retornar a escola, mas a oposição dele era muito grande. Somando este fato á dificuldade de encontrar alguém para cuidar das crianças, e os problemas financeiros que enfrentávamos, fui deixando o sonho de lado, porém sempre tinha a impressão de que estava faltando algo em minha vida. Dez anos mais tarde, quando as crianças já estavam crescidas, capazes de cuidarem de si, decidi fazer matrícula em uma escola do bairro para dar prosseguimento aos estudos. Mas no ano seguinte tive que desistir da idéia, quando descobri que estava grávida novamente. Assim mais seis anos se passaram e apesar de amar minha família, estava ficando cada vez mais infeliz. Foi quando encontrei uma amiga antiga, dos tempos de ginásio, que compartilhava comigo o sonho de ser professora, agora já formada e dando aulas, que percebi o mal que fizera a mim mesma, ao deixar minha vida de lado, para dedicar-me somente á família. Então, novamente decidi retornar aos estudos e ingressei no CAAM,(Centro de Alfabetização de jovens e Adultos), na Universidade São Judas, para cursar a sétima série do antigo ginasial. Terminando a oitava série, sai do CAAM e ingressei no Ensino Médio, na Escola Técnica Estadual, Profº Camargo Aranha, que ficava situada atrás da Universidade. Por muitas vezes olhava, pela janela a Universidade, e me dispersava das aulas sonhando em um dia poder estudar ali. Na mesma época ingressei na escola, iniciei também um trabalho com Educação de jovens e adultos na comunidade, que costumava freqüentar. Os alunos eram provenientes do antigo projeto MOVA (movimento de alfabetização), que estava em fase de extinção. a única professora que resistira á falta de incentivos do governo, estava com problemas de saúde e iria abandonar a classe. Como eu ministrava aulas de evangelização e reforço para crianças da comunidade, fui convidada para assumir a classe. Durante três anos trabalhei com os alunos da comunidade e outros que iam chegando. Fui acumulando conhecimento e descobrindo a melhor forma de ajudá-los. Terminei o ensino médio e como não tinha ainda condições de entrar na faculdade, resolvi fazer um curso técnico de nutrição, enquanto esperava respostas dos programas do governo, nos quais havia feito inscrição para conseguir uma bolsa de estudo. Faltava um semestre para terminar o curso de nutrição quando ingressei na Universidade São Judas e iniciei o trabalho no CAAM, a mesma escola que freqüentei quando resolvi retornar aos estudos. Atualmente, estou cursando o quarto ano do curso de pedagogia, com ênfase em coordenação, administração e supervisão escolar. Vivo com a filha caçula que agora está com quinze anos. Dois dos meus filhos se casaram e me deram cinco netos. A filha do meio foi estudar no exterior Tenho superando alguns conflitos e me preparo para enfrentar novos desafios. pois estes fazem parte da nossa vida. Sem eles, com certeza ela não teria muito significado. Além disso, agem como uma alavanca que nos impulsiona e nos auxilia, na busca do desenvolvimento e aprimoramento, tanto no campo pessoal, cultural, cognitivo ou social.

Professores e Professauros, Celso antunes

NESTA OBRA CELSO ANTUNES, AO MESMO TEMPO QUE SATIRIZA, FAZ UMA CRÍTICA AO CONSERVADORISMO, QUE IMPEDE UMA EDUCAÇAO COM GRANDEZA. ELE OFERECE SUGESTÕES PARA A ATUAÇÃO DE PROFESSORES EM SALA DE AULA PARA UMA APRENDIZAGEM CONSCIENTE. ANTUNES QUER DESTACAR COM O LIVRO, QUE, PROFESSAUROS PODEM SE TRANSFORMAR EM PROFESSORES E ESCOLAS SEM RUMO E SEM SENTIDO PODEM SE TRANFORMAR EM INSTITUIÇÓES DE QUALIDADE. NÃO DEIXEM DE LER ESTE LIVRO. É MUITO INTERESSANTE E VAI AJUDÁ-LO A REFLETIR SOBRE O TIPO DE PROFESSOR QUE VOCE ESTÁ DISPOSTO A SER. SEGUE ABAIXO ALGUNS COMPORTAMENTOS TÍPICOS DO PROFESSORES E DOS PROFESSAUROS. QUANDO O ANO LETIVO SE INICIA: PARA O PROFESSOR, É UMA OPORTUNIDADE DE APRENDER E CRESCER, UM MOMENTO MÁGICO DE REVISÃO CRÍTICA E DECISÕES CORAJOSAS. PARA O PROFESSAURO, É O ANGUSTIANTE RETORNO Á UMA ROTINA ODIOSA, O ETERNO REPETIR AMANHÃ, TUDO QUANTO DE CERTO E ERRADO SE FEZ ONTEM. QUANTO AO ACOLHIMENTO DOS ALUNOS: PARA OS PROFESSORES, A ALEGRIA DE PERCEBÊ-LOS CADA VEZ MAIS SÁBIOS E CURIOSOS. A CERTEZA DE QUE NÃO OS ENSINARÃO E SIM CONTRIBUIRÃO DE UMA FORMA DECISIVA PARA ILUMINAR SUAS INTELIGÊNCIAS E AFIAR SUAS COMPETÊNCIAS. PARA PROFESSAUROS, NADA MAIS DO QUE TER QUE ENCARAR CHATÍSSIMOS CLIENTES, QUE TRANSFORMADOS EM ESPECTADORES PENSARÃO SEMPRE MAIS NA DISCIPLINA QUE NA APRENDIZAGEM, NA VAGABUNDICE QUE NO CRESCIMENTO INTERIOR. QUANTO AS AULAS QUE IRÃO MINISTRAR. PARA OS PROFESSORES, UM MOMENTO ESPECIAL PARA PROPOR NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGENS PESQUISADAS E POR MEIO DELAS PROVOCAR REFLEXÕES, DESPERTAR ARGUMENTAÇÕES, ESTIMULAR COMPETÊNCIAS E HABILIDADES. PARA OS PROFESSAUROS, NADA ALÉM DA REPETITIVIDADE DE INFORMAÇÕES QUE ESTÃO NOS LIVROS E APOSTILAS ,E A SOLICITAÇÃO DE ESFORÇOS AGUDOS DA MEMÓRIA PARA ACOLHER O QUE SE TRANSMITE, AINDA QUE SEM QUALQUER SIGNIFICAÇÃO E PODER DE CONTEXTUALIZAÇÃO AO MUNDO EM QUE SE VIVE. QUANTO AOS SABERES QUE SE TRABALHARÁ: PARA OS PROFESSORES: UM VOLUME DE INFORMAÇÕES QUE NECESSITARÁ SER TRANSFORMADAS EM CONHECIMENTO, UMA SÉRIE DE VEICULOS PARA QUE COM ELES SE APRENDA APENSAR, CRIAR, IMAGINAR E VIVER. PARA OS PROFESSAUROS: TRECHOS CANSATIVOS DE PROGRAMAS ESTÁTICOS QUE PRECISAM SER DITOS, AINDA QUE NÃO SE SAIBA POR QUE FAZÊ-LO. QUANTO Á VIDA QUE SE VIVE E OS SONHOS QUE SE ACALANTA: PARA OS PROFESSORES: DESAFIOS A SUPERAR, ESPERANÇA~S A AGUARDAR, CONHECIMENTO PARA CADA VEZ MAIS APRENDER, A FIM DE FAZER DA ARTE DE AMAR O SEGREDO DO VIVER. PARA OS PROFESSAUROS: A ROTINA DE SE TRABALHAR POR IMPOSIÇÃO, CASAR POR OBRIGAÇÃO, FAZER FILHOS POR TRADIÇÃO. EMPENTURRAR-SE PARA SE APOSENTAR O QUANTO ANTES.

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